segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mauro Adaptal


Daqui de escrevo da forma mais nua que posso ser. Podes até não entender quando escrevo “nua”, mas o problema é teu. Sabes porquê? Porque sei que és munido das ferramentas mais simples do que é ser gente. Portanto, e porquanto, quando te digo “nua” sei, acredito, confio e tenho a certeza que entendes o universo de tal adjcetivo. A mais - confio que tu me conhecendo, a palavra nua é uma imensidão de sugestões no que se opina. O que muda? A forma como o dizemos. A ti como diria?

Repara: a mim faz-me confusão o sítio onde parei – “na minha casa tenho os meus valores, atitudes e tu não podes mandar vir, se bem o que tenhas sempre feito”. Coisa do género. Sim, fez-me confusão o teu próprio imbróglio do que seria confundir o valor que cada qual dá à vida, seja ela validada de humana ou simplesmente vida. Para mim é vida, para ti distingue-se. Não sou menos HUMANA que tu por compreender que todos os seres vivos são iguais na sua essência - ter oportunidade, caminho. Sim - Mauro- por a escolha ser, pelos vistos, legitimada só e apenas pelos humanos e estes apoderarem-se das tomadas de decisão sobre outros seres na premissa que “são menores” ou “é a natureza”, acredita, deixa um grande vácuo na própria essência do TEU ser. E outros vai véns que por cá vão caminhando mas que cambiam ideias que tu, Mauro, me dizes, pensas conhecer e brincas com elas. Tive a felicidade de ter vida na mão! Vida na mão! Tanta vez, tanta vez. A morte foi e é parte disso e é uma energia do caraças. Tão brutal como o que entendemos vida, aprendi. Abdiquei tudo de mim: tou arranhada, não vou ali, tropecei e não me queixo, vai de chuva e tou “cos sêm abrigo”, como nada e enchi o “estomâgo”... “ma nã me queixo”. Não admito é que um bicho seja mal tratado em prol do teu bem estar. O mais estúpido: o teu bem estar pura simplesmente ele próprio talvez no se encontrar. E achas que os outros se encontram no mesmo sítio ou circunstâncias que tu? Quem te dá esse direito?

Podes chamar-me “pita” ou coisa qualquer que te garanto: não há mal que venha ao mundo pensar em mais do que nós. E quando nos assumimos iguais, sofremos, é lixado. Mas concerteza que as certezas tornam-se elas também iguais à diferença.

Faço de coisa feliz sempre que tenho oportunidade estar com as pessoas que me querem, convidam e ficam mais bonit@s por eu estar ali, tal como eu fico belissíma.

Mas sei mais. E o que sei é sempre chato porque para alguém sabê-lo também não só tem de ser partilhado como também esperado: o entendimento. A não acontecer? Fico destroçada. Doa a quem doer (a mim), só a assim me sei - o meu destino inteiro.

Eu tenho a liberdade que sei que tu também tens, mas a minha já se define por caminhos menos super agilizados das “ruelas”. A society sempre a comandar as demandas, não é? Achas que não comanda as tuas? Tu chegaste à minha casa e mandaste vir. Esqueceste é disso bostic, fita-cola:)

De resto, é adaptação ao mundo e viver o dia-a-dia. Porque eu? Acho que sou bonita. Vou descobrindo tudo, em caminhos diferentes dos teus, mas igualmente MEUS e que a exitirmos, os consideras assim.

Jamais te magoaria. Lealdade minha tens sempre, na precisa exactidão de um pé-cochinho que vai sempre a direito do que quer. E és sempre bem vindo a minha casa, seja ela qual for.*********

Tisha (com S)

2 comentários:

  1. Minha querida, ou querido, eu também estudei num colégio, e era apenas um desabafo sobre os valores que são dados aos miúdos. Estes colégios com alguma rígidez, deviam fazer com que pelo menos fossem sinceros e honestos, o que neste caso não aconteceu.

    obrigado pelo teu lado interventivo, e se enfiaste o carapuço ainda bem, é sinal que o texto te disse alguma coisa.
    Podes corrigir na boa, estou cá para aprender.

    ResponderEliminar
  2. Pois desengana-te. Nunca estudei em colégios, sempre sempre em escolas publicas. Tive e tenho é a sorte de ter uma família que me oferece outros caminhos, entre os quais os valores que no fundo pões em causa no teu texto.
    Ainda bem que estás disposto a aprender ehehe. É que confesso, sou muita esquisita no que se refere ao Português...
    Abraço

    ResponderEliminar