domingo, 1 de maio de 2016



É MINHA


A mãe, que te parece coisa tonta:
Chama-lhe barata
Mas que sempre volta
para ti porque também

A mãe, que quem tem:
Assado de restos
Chamar-lhe sobras
Render os cestos: que não pudeste dar-me amoras

Neste texto pedinte
Deixo a vida toda envolta
Na lembrança – devota
- Não te percebi­-
a barata tonta, tonta

Tu és minha

E sei: sou fruto do amor. Eu sei
.



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